
Com saída do Recanto Azul pouco depois das 8h, o Faysca, o David, o Joel, o Gaspar, o Daniel, o Carlos Alberto e o João Carvalho, dirigimos-nos para a nossa voltinha Domingueira, após 2 semanas "no estaleiro" para tal como dizem os amigos do Kim BTT " Aquecer os músculos e dar andamento ás Bikes".
Apesar de não ser cenário que agrade a ninguém, hoje resolvemos fazer um reconhecimento no Rasto do Tornado para constatar-mos nomeadamente nos trilhos a dimensão do fenómeno.
Acabámos por percorrer cerca de 20 e tal kms desde Tomar até ao Vale da Idanha, local onde retomámos o regresso à nossa cidade, e os cenários encontrados são realmente impressionantes e assustadores, tal não foi a violência deste acontecimento.
Saindo de Tomar subimos à capela de N.Sra da Piedade, onde no caminho pudemos constatar a já iniciada recuperação do Jardim e Escola João de Deus ...

... junto à capela, as árvores caídas já foram removidas e também já estão a decorrer os arranjos ao nível da cobertura do edifício ... embora o cenário seja de tristeza pois a parte da escadaria está bastante danificada ...

... na estrada do prado o cenário também é desolador, apesar de já haver indícios de restauros, os danos ainda são notórios e bastante avolumados ...

... na parte Este do rio Nabão, a zona da Ponte da Vala também sofreu avultados danos e aos poucos a população tenta voltar à normalidade possível ...

... entretanto entramos nos trilhos que nos requeriam muita atenção pois as pedras pareciam "manteiga" e o perigo espreitava em cada metro que percorria-mos ...

... esta zona ao longo das margens do Nabão, estão muito bonitas nesta altura do ano e felizmente escaparam à fúria da natureza ...

... quem também escapou, foi o Faysca mas foi de tomar uma banhóca no rio ... ehehehehehe, epá escapaste de boa !!!!

... seguindo os trilhos, rolávamos a poucas centenas de metros do Rasto do Tornado e fomos nos dirigindo para uma das várias zonas fustigadas ...

... o Carrascal ... aqui para quem conhecia antes da passagem do Tornado, agora o cenário é bastante desolador, pois os estragos foram em larga escala e tanto as construções mais antigas como as mais recentes, foram "impotentes" face à violência dos ventos ...

... seguindo sempre sobre o Rasto do Tornado, também na zona da Venda Nova ficamos por momentos sem palavras pois a grande destruição nas habitações e nos pertences dos habitantes, deitaram por terra o trabalho e o sacrifício de uma vida inteira de muitas famílias ...

... Santa Catarina esteve também na "trajectória" dos "ventos loucos", e quem conhecia sabe que no local da foto, estava um armazém de rações e agora apenas ... escombros ...

... nesta altura desviámos-nos um pouco do rasto do Tornado, passando ao lado das Olas, mas mesmo a uma distância considerável do "Rasto", visualizávamos a presença de muitas Chapas que haviam sido tiradas e levadas de telhados a várias centenas de metros do local onde se encontravam ...


... já a Norte dos "Ganádos", deparamos com mais um cenário arrepiante e bem demonstrador da violência dos ventos, nem mesmo os eucaliptos que normalmente se dobram quase tocando com as pontas no chão e não se partem ... aqui parecia terem sido partidos que nem lápis ...

... aqui o famoso " Pé TT " foi inevitável, pois a quantidade de eucaliptos tombados a impedir a passagem era tal que não havia a mínima hipótese de se pedalar ...

... mesmo este eucalipto de grande porte, não resistiu à fúria do vendaval e como se vê na foto, não foi por falta de raízes, pois o buraco deixado era tal que o Faysca coube lá dentro parecendo uma "formiga" ...

... entretanto ao km 20 e tal, foi altura de deixar o rasto do Tornado e descobrir novos trilhos que nos conduzissem a caminhos mais rolantes para o regresso a Tomar, pois a hora já ia adiantada ...


... chegados à zona das Aboboreiras, terminámos os trilhos de terra, entrando em asfalto para mais rápido chegar a Tomar pois a chuva começou a marcar presença cada vez com mais intensidade, tendo nós chegado à cidade debaixo de chuva bastante forte ...

... no meio de tanta destruição há sempre uma flor de esperança e uma palavra de conforto para todos aqueles que sentiram directamente a "revolta" da natureza para com os seu haveres e o que por eles foi construído com uma vida de sacrifício ... muita coragem e muita força para todos pois tal como se diz
"Todos temos telhados de vidro"Um Grande abraço solidário ... 100Stress !!!

... por ultimo e apesar do crescente aumento do preço dos combustíveis, não convém regressar a casa de depósito vazio pois nunca se sabe o que vai acontecer ...

Até para a semana e continuação de boas pedaladas com ou, de preferência, 100Stress!!!!
Todas as Fotos tiradas hoje ...